Museu de Lisboa, mostra a evolução da cidade, desde a ocupação do território durante a pré-história até ao início do séc. XX.
O edifício
original, quando ali esteve instalada uma fábrica têxtil, as alterações
realizadas entre 1833 e 1962.
Foi um palácio de
veraneio da primeira metade do século XVIII, enquadrado pelo que resta de uma
antiga quinta senhorial. Mandado construir por Diogo de Sousa Mexia, figura de
relevo dos reinados de D. Pedro II e D. João V, foi edificado entre 1734 e
1746, desconhecendo-se a autoria do edifício.
O palácio teve sucessivos proprietários, entre eles Manuel Joaquim Pimenta a quem deve a designação.
Em 1962 o imóvel foi adquirido pelo Municipio de Lisboa,
ficando decidida para este espaço, após a requalificação do edifício e
jardins, a reinstalação do então designado Museu da Cidade, a funcionar no
Palácio da Mitra desde 1942. O novo museu foi inaugurado a 18 de Maio de 1979.
Encontra-se
classificado como Imóvel de Interesse Público (Dec. 27:396, de 26 de Dezembro
de 1936).
A exposição
permanente instalada no primeiro piso do edifício, com 11 salas renovadas, terá
duas novas temáticas em evidência: a escravatura e a Inquisição da Igreja
Católica.
"Expõe-se
o papel de Lisboa no fenómeno global da escravatura, ilustrando como esta
transformou a paisagem humana da cidade. É também referida a Inquisição,
instituição que percorre mais de três séculos da história da cidade".
O museu com novas
peças na exposição, "revelando momentos marcantes de transformação de
Lisboa e das suas vivências, desde o século XVII até ao final do século XX, com
o Parque das Nações", criado para a Expo98.
"Alargaram-se
os horizontes geográficos e cronológicos da história da cidade, mostrando a sua
evolução urbanística, social e cultural", em perto de 300 peças, cerca de
metade das quais apresentadas pela primeira vez na exposição permanente do museu.
Estão
expostas maquetas, gravuras, pinturas, fotografias, mobiliário, cerâmica e
azulejos sobre "novos capítulos de uma história que inclui momentos dos
quais alguns ainda terão memória".
Para além de ser dado destaque à Primeira República como momento fundador do Portugal atual, "com salas dedicadas à expansão urbanística da cidade durante o Estado Novo, lembrando a construção de estruturas como a ponte sobre o Tejo, o aeroporto e a rede de metro".
«Cheira
bem, cheira a Lisboa»
Partindo da
coleção particular de Afonso Oliveira, esta exposição percorre mais de 150 anos
de história da perfumaria em Lisboa, desde a primeira fábrica – Thomas Mendonça
e Filhos, instalada em 1850 na Calçada do Combro – até à atualidade.
Acompanhando
tendências internacionais, a pesquisa e a produção de novas fragrâncias
aumentou ao ritmo da procura por parte de classes sociais privilegiadas e do
crescente papel afirmativo da mulher, tendo-se consolidado com os Loucos Anos
20.
As
principais marcas prosperaram durante o Estado Novo mas, após a instauração do
regime democrático e a consequente abertura internacional, Portugal foi
inundado por produtos e marcas estrangeiras, que rapidamente passaram a dominar
o mercado. A maior parte das empresas portuguesas não conseguiu adaptar-se e
encerrou portas.
No entanto,
algumas permanecem ativas e, surpreendentemente, continua-se a fabricar
perfumes na capital portuguesa e até com o nome Lisboa.
Afonso
Oliveira coleciona frascos e produtos ligados à perfumaria e cosmética há mais
de 40 anos. A sua coleção, composta por quase 5000 objetos, inclui numerosas
referências às marcas e fábricas lisboetas, principal centro produtor português
desde meados do século XIX.
Coleção
Afonso Oliveira
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