sábado, 24 de junho de 2023

Ruínas Romanas de Conímbriga

                     

Situada junto de Condeixa-a-Nova, Conímbriga nasceu como aglomerado populacional ainda no Neolítico, bem antes de ser romanizada no séc. II a.C. O topónimo “Conímbriga” é aliás de origem celta.

Na época havia um rio navegável que ligava ao Rio Mondego na Figueira da Foz, como na época também ouve uma estação de salga de peixe entre a Cidade e a foz do rio que passou ser uma via fluvial que ligava tanto para entrar com para sair da Cidade em direção a todo o império romano 

Conímbriga localizava-se no centro da via que fazia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e Olisipo (Lisboa) e era no início do séc. I, uma cidade desenvolvida e cuidada, com bonitas casas, termas e um fórum.

Ao longo do tempo foi sofrendo remodelações uma das quais levou à demolição de parte da cidade para construção de uma nova muralha defensiva.Decorria o séc. II e temia-se o ataque dos povos bárbaros do Norte. Passaram-se no entanto mais três séculos até que no ano de 468, os Suevos conquistaram a cidade. No séc. VII, tendo perdido já a sua importância estratégica, Conímbriga foi abandonada pelos seus últimos habitantes que se mudaram com o seu bispo para Aeminium (Coimbra). O actual nome da cidade estará ligado a este acontecimento e terá origem na derivação de Conimbriga para Colimbria e finalmente Coimbra.

Dos tempos áureos de Conímbriga podemos hoje ver algumas ruínas que testemunham ainda a grandeza e sentido estético daquela época.

Da via romana que ligava Olisipo a Bracara Augusta ainda hoje é visível um troço bom conservado, feito de lajes calcárias. A largura aproxima-se dos quatro metros e há locais onde são ainda visíveis as marcas dos rodados de carroças.

As ruínas das casas dos Esqueletos, da Cruz Suástica, de Cantaber e dos Repuxos, tal como as Termas revelam-nos verdadeiras obras de arte.

Os mosaicos com desenhos maioritariamente geométricos e a sua cromática, deixam qualquer visitante fascinado. E como se isso não bastasse para evidenciar o modo de vida aristocrata de então, vemos ainda os pátios interiores onde em tempos houve jardins e repuxos rodeados por várias colunas.

O dinamismo comercial da cidade deixou rasto nos estabelecimentos comerciais que ladeiam a rua das termas e que integravam o edifício da Casa dos Esqueletos, sendo no entanto independentes da mesma.

Casa atribuída a Cantaber

É a maior das residências privadas da cidade. Possui 3260m2 e foi atribuída a Cantaber, reconhecido aristocrata do séc. V.

A sua construção é datada de finais do séc I e terá perdurado até ao abandono da cidade, já na Idade Média.

Possui quase 40 compartimentos, distribuídos em cinco conjuntos, cada um com o seu peristilo (conjunto de colunas em redor de um pátio interior).

Termas da casa atribuída a Cantaber.

As termas datam de finais do séc II e terão sido construídas no espaço onde anteriormente existia um jardim. São caso único de banhos privados na cidade. As ruínas que hoje vemos são o resultado de várias remodelações, sendo as últimas de finais do séc. III. Vejam-se as fornalhas, os tanques aquecidos hexagonais e os tanques de água fria nas pontas da sala principal.

A casa dos Repuxos

É o melhor exemplo da arte do mosaico, da pintura moral e da arquitectura dos jogos de água na cidade.

Casa aristocrática do séc. I e posteriormente abandonada e demolida já em finais do séc. III início do séc. IV, aquando do levantamento da muralha. O que vemos hoje é parte da residência, tendo ocorrido uma restauração dos mosaicos e dos repuxos em meados do séc. XX.








































































































































Na époda a Cidade Romana de Conimbriga






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