Portugal é um país que coleciona inúmeras igrejas e mosteiros históricos, de arquitetura imponente, repletos de azulejos, arte sacra e pinturas que enchem os olhos de quem os visita!
Largo de São Vicente, em Lisboa, onde encontra-se um dos
edifícios mais impressionantes da capital: o Mosteiro de São Vicente de Fora!
A expressão “de fora”, que compõe o nome do Mosteiro, foi
usada para explicar a sua localização, ou seja, o mosteiro localizava-se “de
fora”, no exterior da muralha, que na época protegia a cidade de Lisboa. A
expressão “de fora”, que compõe o nome do Mosteiro, foi usada para explicar a
sua localização, ou seja, o mosteiro localizava-se “de fora”, no exterior da
muralha, que na época protegia a cidade de Lisboa.
O atual edifício maneirista do Mosteiro de São Vicente de
Fora, erguido por Filipe II, tem caráter monumental, harmonioso e simétrico, e
substituiu o primitivo complexo arquitetónico, construído no século XII por D.
Afonso Henriques, em agradecimento pela conquista de Lisboa.
O destaque é o teto abobadado, pintado em perspectiva por
Vicenzo Baccarelli e restaurado por Manuel da Costa em 1796, que nos dá a
ilusão ótica de amplitude do ambiente. A figura central representa o triunfo da
Doutrina da Graça, defendida por Santo Agostinho, sobre a Heresia.
Nas paredes, encontramos painéis de azulejos do século XVIII
representando cenas da conquista de Lisboa e Santarém, da autoria de Manuel dos
Santos.
2000 Anos de História.
Entre os séculos XII e XVIII existiu,
junto à cerca do mosteiro, uma lixeira onde se procederam trabalhos de
arqueologia. Parte dos artefactos encontrados estão presentes na exposição,
dando a conhecer vários objetos do quotidiano. 2000 Anos de História
Entre os séculos XII e XVIII existiu, junto à cerca do
mosteiro, uma lixeira onde se procederam trabalhos de arqueologia. Parte dos
artefactos encontrados estão presentes na exposição, dando a conhecer vários objetos
do quotidiano.
A Igreja Lisbonense e os Patriarcas
O Patriarcado de Lisboa foi fundado em 1716, no faustoso
reinado de D. João V. Esta exposição dá a conhecer todo esse contexto, assim
como a história da Igreja Lisbonense e dos seus patriarcas, encontrando-se a
figurar estes conteúdos um núcleo de Arte Sacra.
São Vicente o Padroeiro de Lisboa
Muitas vezes se pensa que o Padroeiro de Lisboa é Santo
António, dadas as festividades associadas a este Santo e a devoção que lhe
dedica o povo de Lisboa. Porém, o Padroeiro de Lisboa é São Vicente.
O culto a São Vicente é mais antigo do que a nossa
nacionalidade.
Vicente teria sido diácono em Saragoça. Na sequência de
vários decretos dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, que intentavam
reprimir o culto cristão por todo o império, Vicente foi preso por um
governador romano.
Recusando-se a revelar o local dos livros de culto foi
levado para Valência, torturado, acabando por falecer em 22 de janeiro do ano
de 304.
De acordo com a tradição, quando em 1173 D. Afonso Henriques
ordenou que as relíquias de São Vicente fossem trazidas do Algarve para uma
Igreja fora das muralhas de Lisboa, dois corvos velaram o corpo do Santo,
acompanhando a barca durante a viagem.
E, como as relíquias foram colocadas numa Igreja fora de
Lisboa, ficou conhecido por São Vicente de Fora.
Cisterna
A cisterna é uma construção do século XII e é o principal
vestígio do que resta do mosteiro medieval fundado por D. Afonso Henriques.
Tinha como principal função armazenar a água das chuvas que seria utilizada nas
lides domésticas do mosteiro.
O Panteão Real dos Bragança
O Mosteiro de São Vicente de Fora alberga o mais completo
panteão real do país, o Panteão Real dos Bragança, onde se encontra sepultada
quase toda a última dinastia de Portugal. Nesta visita temática aprenderá sobre
a criação e evolução do Panteão Real no Mosteiro, mas também ficará a conhecer
a origem e história desta casa real. Porque é que o Panteão Real dos Bragança
se encontra no Mosteiro? Quem foram os primeiros e últimos reis a ser
sepultados aqui? Qual a relação desta dinastia com o Mosteiro? Estas são
algumas das questões que serão esclarecidas nesta visita.
Sacristia
A Sacristia é um dos ambientes mais surpreendentes do
Mosteiro de São Vicente de Fora! Suas paredes são revestidas em mármores
coloridos e os móveis esculpidos em madeira Jacarandá do Brasil. No Altar, há
uma pintura a óleo sobre tela da autoria de André Gonçalves, intitulada “Nossa
Senhora com Menino e Santos”. A composição da Sacristia repleta de detalhes é
impressionante!
Panteão dos
Patriarcas de Lisboa
O Panteão
dos Patriarcas de Lisboa é o local onde se encontram sepultados a maioria dos
cardeais-patriarcas de Lisboa. Localizado no Mosteiro de São Vicente de Fora,
na atual freguesia lisboeta de São Vicente, o panteão é uma sala de relativa
simplicidade edificada apenas no século XX A sala possui um formato retangular,
não tem azulejos e possui um simples altar de pedra. Um dos topos possui uma
cruz e a entrada da sala é feita por uma das laterais. A ideia e consequente
edificação tomou corpo desde finais do século XIX mas foi apenas durante o
Estado Novo que o atual espaço foi concedido ao Patriarcado de Lisboa.
Concluído em 1954, é em finais de 1955 que os corpos são trasladados para
aquele espaço e desde então é o espaço de eleição reservado para serem colocados
os corpos dos futuros cardeais-patriarcas defuntos. Anteriormente as urnas
estavam na sacristia da igreja, sob os arcazes.
Ocupação
anterior
Antes de
possuir a função atual, a sala onde se localiza o Panteão dos Patriarcas de
Lisboa serviu de Sala do Capítulo, um dos espaços mais emblemáticos do Mosteiro
de São Vicente de Fora, reservado para as reuniões solenes do Mosteiro, feitas
pelos cónegos de Santo Agostinho. Encontrava-se nessa altura coberta de
azulejos e possuía um cadeiral para as reuniões dos cónegos. Serviu
posteriormente de depósito de papel do exército até ter ficado sem nenhum tipo
de propósito e sido cedida para a sua função atual
Capela meninos Palhavã
Na Capela dos Meninos de Palhavã estão os túmulos dos filhos
bastardos do Rei D. Joao V, que foram legitimados pelo monarca. Os meninos
receberam esta denonominação por terem vivido no Palácio de Palhavã em Lisboa.
No chão, estão enterrados o coração e as vísceras de alguns membros da Dinastia
de Bragança. Veja as fotos deste ambiente do Mosteiro de São Vicente de Fora!
Capela de Santo Antônio
A Capela de Santo Antônio localiza-se onde se encontrava o
antigo quarto de Santo Antônio no Mosteiro de São Vicente de Fora, durante os
anos em que foi cônego regrante de Santo Agostinho
Galeria dos Patriarcas
Em 1716 foi fundado o Patriarcado de Lisboa, e desde então
existiram 17 patriarcas. Nesta galeria pode-se observar os seus retratos, com
molduras que sustentam os seus brasões de armas.
Colecção Consolado Macedo
Maria Cândida Consolado Macedo foi uma investigadora que
muito contribuiu para o estudo das conchas marinhas portuguesas. A exposição é
resultado do seu trabalho, onde se encontram conchas com os mais variados
tamanhos, cores e formas, recolhidas directamente ou por dragagens,
maioritariamente em Portugal
A Azulejaria do Mosteiro
O Mosteiro de São Vicente de Fora, uma presença marcante na
paisagem Lisboeta, apresenta uma variada oferta cultural no campo da
arquitetura e das artes plásticas. Neste monumento destaca-se sobretudo a
coleção de magníficos azulejos, que é uma das maiores do mundo. São cerca de
100 mil azulejos e encontram-se in situ, revestindo as paredes e as escadarias
do mosteiro. Aqui podem-se encontrar todos os períodos da azulejaria barroca,
desde o século XVII, com exemplares da famosa Real Fábrica de cerâmica do Rato,
até à única coleção de Fábulas de La Fontaine em azulejo de Portugal.
Escadaria
Considerado um dos Monumentos com mais azulejos
originalmente “in loco”, o Mosteiro de São Vicente de Fora guarda uma das mais
belas coleções azulejares oitocentistas do Mundo. Alguns painéis acompanham as
escadarias que conduzem à torre e aos antigos Paços Patriarcais, compondo mais
um belo cenário do mosteiro! Escadaria
Claustros
Dois Claustros em estilo maneirista serviam de passagem para
as diversas salas do Mosteiro de São Vicente de Fora. As paredes dos claustros
são revestidas por belíssimos painéis de azulejos com cenas do cotidiano da
burguesia do século XVIII.
Terraço e vista
Seguindo a visita ao Mosteiro de São Vicente de Fora
chegamos ao terraço junto às torres. Ao percorrer o espaço é possível desfrutar
de uma das mais belas vistas de Lisboa e do Tejo. A paisagem é fantástica!
Vista aérea do Igreja de São Vicente de Fora
A Igreja ou Mosteiro de São Vicente de Fora; que significa "Mosteiro de São Vicente Fora dos Muros" é uma igreja e mosteiro do século XVII na cidade de Lisboa, Portugal. É um dos edifícios maneiristas mais importantes do país e também o local de sepultamento da maioria dos reis portugueses da Casa de Bragança.
O original Mosteiro de São Vicente de Fora foi fundado por volta de 1147 pelo primeiro rei português, Afonso Henriques, para a Ordem dos Agostinianos. O Mosteiro, construído em estilo românico fora das muralhas da cidade, foi uma das mais importantes fundações monásticas do Portugal medieval. É dedicado a São Vicente de Saragoça, padroeiro de Lisboa, cujas relíquias foram trazidas do Algarve para Lisboa no século XII.
Os actuais edifícios são o resultado de uma reconstrução ordenada pelo rei Filipe II de Espanha, que se tornou rei de Portugal (como Filipe I) após uma crise sucessória em 1580. A igreja do mosteiro foi construída entre 1582 e 1629, enquanto outro mosteiro edifícios foram concluídos apenas no século 18. Acredita-se que o autor do projeto da igreja seja o jesuíta italiano Filippo Terzi e/ou o espanhol Juan de Herrera. Os planos foram seguidos e modificados por Leonardo Turriano, Baltazar Álvares, Pedro Nunes Tinoco e João Nunes Tinoco.
A igreja do
Mosteiro tem uma fachada majestosa e austera que segue o estilo renascentista
tardio conhecido como Maneirismo. A fachada, atribuída a Baltazar Álvares, tem
vários nichos com imagens de santos e é ladeada por duas torres (modelo que se
viria a generalizar em Portugal). A parte inferior da fachada tem três arcos
que conduzem à galilé (hall de entrada).
Sem comentários:
Enviar um comentário