Situada na Calçada de Santo Amaro, a Capela de Santo Amaro, Monumento Nacional desde 1910, é mais um dos grandes tesouros da capital Lisboeta.
Fundada em 1549, a ela se acede através de uma
íngreme escadaria, espelhando o misticismo da cidade das colinas, sobranceira
ao magnífico rio Tejo, que é Lisboa.
As origens da sua fundação são incertas, pensando-se que poderá ter sido
fundamentada ou por um grupo de marinheiros galegos ou por uma confraria que
aqui se teria organizado em 1532 por freires da Ordem de Cristo.
Desde cedo local de Romaria, tornou-se famosa
pela Romaria de Santo Amaro, uma das mais apreciadas em toda a cidade, que
decorria a 15 de Janeiro, tendo a última sido realizada em 1911.
Este pequeno templo de planta centralizada, em
redor de um amplo átrio semicircular, em estilo Renascentista, terá sido
projectada por Diogo de Torralva, um dos muito conceituados arquitectos do
século XVI.
O átrio está revestido por um notável conjunto
de azulejos polícromos tardo-maneiristas alusivos a Santo Amaro, destacando-se
também três portões de ferro forjado do século XVIII, bem como todo o conjunto
formado pelo adro e escadaria.
Durante alguns anos a Capela ficou abandonada e
foi saqueada, chegando a servir de carvoaria, tendo, em 1927, sido entregue à
Irmandade do Santíssimo Sacramento, e no ano seguinte o espaço foi reabilitado
para o culto.
Actualmente, a Ermida está aberta ao público
apenas à segunda-feira.
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