Algumas das principais divisões do palácio são: sala de Diana, sala do trono, torreão norte, oratório norte, galeria principal, sala das descobertas, sala dos destinos, sala da guarda, sala da bênção, sala dos camaristas, torreão sul, oratório sul, sala de D. Pedro V, sala de música, sala de jogos, sala da caça, sala de jantar, salão grande dos frades, celas fradescas e a biblioteca.
Conclusão
Construído em pedra lioz abundante na região de Mafra é constituído por
1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e
saguões.
Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas
da iniciativa Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007
Especificações
Sala de Diana, a designação deve-se à pintura do teto que representa Diana, a deusa da caça, obra da autoria de Cirilo Volkmar Machado (1748-1823), no âmbito da campanha decorativa executada a partir de 1796 por encomenda do Príncipe Regente D. João, futuro rei D. João VI. Pintura inspirada num quadro de Domenichino ("Caçada de Diana"), existente na Galeria Borghese em Roma.
Sala do Trono, Destinada às audiências régias. A pintura do teto representa uma alegoria à "Lusitânia" no âmbito da campanha decorativa desenvolvida a partir de 1796 por Cirilo Volkmar Machado. Paredes decoradas com pinturas a fresco representando as oito Virtudes Reais, da autoria de Domingos Sequeira (1768-1837).
Torreão Norte, aposentos privados do Rei, usados até à morte do Rei-Consorte D. Fernando (1816/1885), marido da rainha D. Maria II. O torreão funcionava como um apartamento independente com a cozinha na cave, a despensa no piso térreo, o quarto do camarista e os aposentos do Rei no 1º e os criados nos sótãos.
Galeria Principal, trata-se de um dos maiores corredores palacianos da Europa, tem 232 m entre as suas extremidades, ligando os aposentos do Rei no Torreão Norte aos aposentos da Rainha no Torreão Sul
Sala das Descobertas, a pintura do teto é de Cirilo Volkmar Machado, representa os feitos ultramarinos dos portugueses, representando Vasco da Gama (derrotando o Adamastor), Pedro Álvares Cabral, Cristóvão Colombo e o Infante D. Henrique. As paredes estavam preenchidas com quadros representando as façanhas dos Castros, Albuquerques, Almeidas e Mascarenhas na Índia, levadas pelo rei D. João VI para o Brasil nunca tendo regressado.
Sala dos Destinos, no teto, pintura de Cirilo Volkmar Machado, representando o "Templo do Destino", destaca-se a figura da "Providência" que entrega a D. Afonso Henriques o "Livro dos Destinos da Pátria". Estão ainda representados, Hugo Capeto rei de França, o conde D. Henrique de Borgonha, pai de D. Afonso Henriques e todos os restantes monarcas portugueses até D. João IV.
Sala da Guarda, antiga entrada do palácio onde permanecia a Guarda Real quando a Família Real estava no palácio. A pintura do teto é de Cirilo Volkmar Machado e representa "O Precipício de Faetonte", personagem e história mitológica.
Sala da Bênção, sala que é o ponto central da fachada principal, aberta para a praça/terreiro D. João V e para a Basílica. Das varandas a família real assistia às cerimónias religiosas e aparecia ao povo.
Sala dos Camaristas, como o nome indica era a sala onde ficavam os camaristas quando a Família Real se encontrava em Mafra. A pintura do teto é da autoria de Cirilo Volkmar Machado (fim do século XVIII), representa ao centro as "Quinas de Portugal" rodeadas por vários deuses gregos e pela "Fecundidade", que tem em cada mão cornucópias da abundância, das quais saem crianças sustentando grinaldas de flores. Pintura que pretende invocar a fecundidade da Princesa D. Carlota Joaquina de Bourbon, casada com o príncipe D. João, futuro rei D. João VI.
Torreão Sul, aposentos privados da Rainha incluindo o quarto de cama. A decoração das paredes foi executada na campanha de 1855/58, por ocasião da entronização de D. Pedro V e do seu casamento com D. Estefânia. Foi neste quarto que o rei D. Manuel II passou a última noite em Portugal, antes da sua partida para o exílio, aquando da implantação da República em 5 de Outubro de 1910.
Oratório Sul, trata-se da capela privada dos aposentos da rainha no torreão sul. A pintura do teto é de Cirilo Volkmar Machado, mandada pintar pelo príncipe regente D. João (futuro D. João VI) e sua mulher, D. Carlota Joaquina, em finais do século XVIII, representando santos prostrados diante da Santíssima Trindade pedindo descendência para o trono
Sala de D. Pedro V, também nomeada Sala Vermelha ou Sala de Espera, pois era aqui que os convidados esperavam antes de serem anunciados e recebidos pela família real. Este aposento pela decoração reflete a vivência romântica do século XIX datando de 1855 e 1858, aquando das campanhas de obras realizadas no palácio pela ocasião da subida ao trono de D. Pedro V e do seu casamento com D. Estefânia respectivamente
Sala da Música, também conhecida por Sala de Reepção ou Sala Amarela. Era aqui que a Família Real recebia os seus convidados nas datas festivas, já sem o tradicional beija-mão real, abolido por D. Pedro V, costume que era anteriormente realizado na sala de audiências do Torreão Norte.
Sala de Jogos, nesta sala encontram-se vários jogos praticados nos séculos XVIII e XIX, nomeadamente, o Bilhar Chinês, a mesa de bilhar e o jogo do Pião.
Sala de Caça, o mobiliário e decoração desta sala é alusivo à caça, um gosto e prática da família real aquando das visitas regulares ao palácio, com exibição de inúmeros troféus.
Sala de Jantar, sala de jantar de finais do século XIX, com mesa e cadeiras executadas na Penitenciária de Lisboa e ofertadas ao rei D. Carlos.
Salão Grande das Infantas, uma das maiores salas do palácio, a que se acede a um conjunto de antigos quartos destinados a albergar as damas de companhia das Infantas de Portugal. No século XIX este espaço foi usado pelo quartel e musealizado no século XX como espaço conventual, sem nunca o ter sido, decorado com o mobiliário conventual do século XVIII.
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