sábado, 29 de junho de 2024

Cais do Sodré – Jardim Roque Gameiro

O segundo dos quiosques WC de Lisboa situa-se no Cais do Sodré. Pertence à Carris e tem hoje a função de quiosque de venda de títulos de transporte.

Apresenta apenas seis painéis de azulejos, sendo que dois deles apresentam muitas lacunas.

Do mesmo autor dos anteriores, estes estão igualmente assinados e datados, desta feita de 1916.

Mais uma vez, o tema das imagens representadas relaciona-se com o ambiente envolvente, neste caso, a proximidade do rio Tejo.

As personificações Areia, Mar, Rochedo, Búzio, Gaivota e Onda são apresentadas em composições com as características das anteriores. Pinceladas largas, linhas sinuosas e cores vibrantes surpreendem-nos e fazem lamentar as lacunas existentes e a total ausência de dois painéis que com certeza terão existido no passado.



















Mas qual a Origem do Nome “Cais do Sodré”? 


Segundo Júlio Castilho (1840-1919), distinto olisipógrafo, o topónimo “Sodré” era já conhecido desde o séc. XV e provinha de uma família de origem inglesa ali residente, da qual António e Duarte Sodré Pereira Tibau, herdeiros de Frederico Sodré (1432-1481), eram proprietários de diversos imóveis localizados no sítio e nas redondezas.

Uma outra origem daquele nome foi defendida pelo escritor e historiador Silva Túlio (1818-1884), que escreveu a propósito, ser o nome “Sodré” proveniente de Vicente Sodré, descendente de Fradique Sodré (séc. XVI), homem que na época possuía elevado poder financeiro e que no local mandou edificar vários prédios.

Seja como for, as designações do sítio e do Largo do Cais do Sodré enraizaram-se na voz do povo e resistiram até aos dias de hoje.


https://getlisbon.com/pt/descobrindo-pt/quiosques-wc-lisboa/

 





Sem comentários:

Enviar um comentário

Estoril anos 30