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Se você tá pensando em aprender e ganhar uma grana com fotografia enquanto viaja, esse guia explica as técnicas básicas para começar a entender essa arte!
As
primeiras formas de fotografia foram desenvolvidas no século XVIII, com as
câmeras obscuras e as formas rudimentares de captura de imagens.
Entre
os séculos que nos separam desse momento inicial, muita coisa aconteceu e a
tecnologia se desenvolveu bastante. Hoje, a fotografia é muito mais acessível
e rápida, e é usada para recordar momentos, documentar algum fato ou
divulgar uma visão de mundo, um conceito.
Apesar de termos câmeras na palma da mão o tempo todo na maioria dos celulares, a qualidade de cada modelo tende a variar bastante, ainda mais se compararmos com outros equipamentos como as câmeras profissionais. Entretanto, é importante saber que não é o equipamento que faz uma boa foto, quem controla o equipamento é que é responsável por isso.
Confira essas dicas básicas para aprender fotografia:
1. Tipos de câmera
Digitais e
analógicas
As
câmeras chamadas “digitais” são aquelas que vêm de um equipamento que dispensa
o processo de revelação da imagem, a visualização pode acontecer no
momento em que a foto é tirada.
Já
as chamadas “analógicas” são aquelas que precisam passar pelo processo
de revelação para que a foto possa ser vista.
Isso
não quer dizer que umas são melhores que as outras, elas apenas tem pontos
positivos e negativos diferentes, que devem ser levados em consideração na
hora de adquirir o equipamento, pois ele pode não suprir a sua necessidade.
Por
exemplo, as câmeras digitais são ótimas por serem rápidas e terem um custo
menor, já que não existe o processo de revelação, mas as analógicas tem uma
qualidade única, que não pode ser reproduzida pelas câmeras digitais e, após a
revelação, você tem um objeto físico em mãos, que pode ser usado para
presentear os amigos ou decorar a casa.
É
importante considerar qual o objetivo na hora de adquirir o
equipamento, além dos custos e quais são suas preferências, que tipo de
imagem você quer e o uso que você vai dar a elas.
Compactas e
DSLR
Entre
as câmeras digitais, existem ainda as compactas e as Reflex ou DSLR, que é
sigla para Digital Single Lens Relex. A diferença entre as duas é, basicamente, o
tamanho do sensor.
As
compactas têm um sensor menor, o que faz com que ela tenha menos recursos e
seja mais lenta na captação de imagens. Além disso, a qualidade da imagem não é
muito alta.
Já
as DSLR têm um sensor maior, o que faz com que tenham mais recursos e que seja
possível mudar a lente, além de serem mais rápidas. Para quem quer
aprender fotografia, as compactas podem ser um passo inicial na área, mas
as DSLR estão à frente.
2.
Configurações importantes
Agora que você já
entende qual equipamento tem em mãos, é importante compreender como as
configurações funcionam. A maioria das câmeras podem ser ajustadas no modo
automático, onde elas se ajustam sozinha ao ambiente e à iluminação, definindo
as configurações a partir disso, mas existem também o modo
manual, onde é você que deve ajustar cada uma dessas configurações.
A
maioria das pessoas, por falta de conhecimento, acaba usando o equipamento no
modo automático, mas dessa forma você acaba se restringindo e não utilizando
todo potencial da sua câmera - do seu potencial de fotógrafo. Por isso, o
meu conselho é que você comece a se aventurar pelo modo manual. Pode ser que
você erre algumas vezes, mas com o tempo e a prática as coisas vão ficando mais
fáceis.
Fotometria
Quando
você clica para tirar uma foto, diversas coisas diferentes acontecem para que a
imagem seja captada. O obturador fica aberto por determinado tempo, o diafragma
está de determinado tamanho deixando determinada quantidade de luz passar e o
ISO está definido em uma determinada quantidade.
Na
hora de tirar a foto e tudo isso deve se alinhar para que a foto saia com a
qualidade que você quer. Como saber que essas coisas estão todas balanceadas o
suficiente? É aqui que acontece a mágica da fotometria.
Fotômetro
é o instrumento que realiza a medição da luz. Eles podem ser
incorporados na câmera - ou seja, estão dentro dela - ou podem ser externos,
conhecidos como fotômetros de mão. Os fotômetros incorporados fazem a medição
da luz que reflete na própria câmera, mostrando se ela está “equilibrada” ou se
está muito escura ou clara demais.
Nas
câmeras DSLR, o fotômetro é uma pequena régua que fica na parte de baixo do
visor pequeno - que você coloca o olho pertinho. Ajustando ISO, obturador e
diafragma, você pode ver, portanto, a fotometria da câmera, onde o indicador do
fotômetro irá "subir" ou "descer," ajustando, assim, as
luzes da imagem. Se estiver mais próximo de 0, a imagem está mais equilibrada.
Se está para o lado do "mais" está mais clara, e para o
"menos" está mais escura.
ISO
Na
hora de tirar a foto, você precisa deixar uma certa quantidade de
luz entrar para que isso aconteça. Existe um mecanismo que capta essa iluminação através
de um sensor. O ISO (International Standards Organization) é quem determinada a
sensibilidade desse sensor em captar a luz. Quanto maior o ISO, maior a
sensibilidade e mais luz ele vai ser capaz de captar e vice-versa.
Portanto,
em locas mais escuros um ISO alto pode ser uma boa alternativa se você não pode
ou não quer usar o flash. Acontece que há um preço a se pagar por isso: quanto
maior o ISO, mais “granulada” ficará sua imagem. Isso quer dizer que ela
perderá um pouco da qualidade, ficando com alguns ruídos.
O ISO
começa em 100 e pode chegar a valores bastante altos. Entretanto, a partir
de 800 os ruídos são visíveis. Isso não significa que a imagem ficará feia ou
ruim, você pode usar os ruídos a seu favor, criando algum efeito ou construindo
uma imagem boa o suficiente para que eles sejam ignorados. Depende de como você
usa essas configurações.
Diafragma
O
diafragma é o mecanismo da câmera que faz o controle de entrada da
luz para que a imagem seja produzida. Ao clicar para tirar a foto, o
diafragma vai estar com uma determinada abertura, e é ela que
indicará quanto de luz estará entrando para que a imagem seja capturada. Quando
maior a abertura, mais luz entra e, consequentemente, quanto menor a abertura,
menos luz.
O
diafragma também atua na profundidade de campo que é captada. Sabe
como algumas câmeras distorcem determinada parte da imagem enquanto outra parte
permanece focada? Esse efeito é gerado pela profundidade de campo captada. Se o
diafragma está bastante aberto, mais coisas estarão desfocadas na imagem e um
ponto menor estará focado.
A
abertura é indicada na câmera pela letra “f”, é medida da maior
abertura para a menor abertura: f/1 (mais aberto), f/4, f/8 …. F/64 (mais
fechado). Parece estranho pensar nessa proporção, mas é só considerar que f/1 é
“f” dividido por 1, enquanto f/64 é “f” divido por 64.
Obturador
O obturador se refere ao
tempo em que o diafragma permanecerá aberto expondo o filme ou o sensor. Portanto,
a indicação do diafragma e o “f” é o quanto ele estará aberto, e o obturador se
refere a por quanto tempo permanecerá assim.
Quanto
mais tempo o obturador permanece aberto, mais luz é captada pela câmera, e o
contrário também acontece. Você deve pensar, então, que em lugares de menor luz
o melhor é colocar uma maior velocidade de captar a maior quantidade de luz
possível, certo? Pode ser, mas há um problema.
Se
o obturador fica aberto por mais tempo, a câmera precisa ficar imóvel ou o
movimento vai ser captado e a imagem sairá borrada. Por isso, se você não puder
usar um tripé ou apoiar sua câmera, não é recomendável usar valores baixos de
velocidade ou suas imagens sairão borradas e desfocadas. Quanto maior a
velocidade, mais “congelada” sairá a imagem.
A
velocidade é apresentada em frações de segundos. Ela aparece na
câmera como 1/2, 1/4, 1/250, 1/2000. Isso quer dizer que 1/2 é 1 segundo divido
por 2, ou meio segundo, e 1/2000 é 1 segundo dividido por 2000 - o que é bem
menos que meio segundo, portanto, o obturador irá se fechar e abrir bem rápido.
É
possível usar essa configuração para criar muitos efeitos, como
rastros de luz e tirar fotos de longa exposição, onde o obturador permanece
aberto por bastante tempo e capta muita luz - com a câmera em um tripé, claro,
gerando fotos lindíssimas. Fotos das estrelas ou que são capazes de mostrar a
via láctea geralmente são tiradas dessa forma.
Balanço de
branco
O
balanço de branco vai agir nas cores da sua imagem, corrigindo “cores
irreais”. O balanço correto precisa levar em consideração a temperatura das
cores, se ela é “quente” (cores mais vermelhas, laranjas, rosas, amarelas) ou
mais “frias” (cores mais azuis). Aos nossos olhos, as coisas que são brancas
são facilmente percebidas, mas as câmeras, em geral, têm mais dificuldade
de fazer o ajuste automaticamente por causas das luzes do local.
Em
locais com luz natural, usamos opções de luz do dia ou sombra, já em locais
onde as luzes são artificiais, é possível ajustar para tungstênio, por exemplo,
corrigindo as luzes de lâmpadas fluorescentes. O balanço também pode ficar
no automático, sendo corrigido pela câmera.
Foco
O foco é essencial em qualquer boa foto. Uma foto desfocada, mesmo com boa composição
e boa luz, não é realmente uma boa foto. Uma lente objetiva é capaz de focar somente em
um plano de cada vez, e o que estiver a frente ou atrás ficará
fora de foco.
Geralmente o foco é
ajustado automaticamente, mas você pode optar por ajusta-lo manualmente. O
ajuste manual é útil se você quiser focar em algo específico, ou se quer fazer
testes de foco.
Flash
A
maioria das câmeras vem com flash embutido, entretanto, em geral,
eles não são reguláveis e podem acabar atrapalhando a sua foto. Ao
fotografar festas ou algum evento pode ser que o flash se torne incômodo. Em um
local com espelhos ou vidros, isso não funcionaria muito bem.
Alem disso, é preciso verificar sempre o ajuste do flash e como
ele está se comportando em relação a luz do ambiente. Se o flash estiver muito mais forte que a luz
disponível, o fundo da foto sairá escuro e o que estiver no plano da imagem
sairá muito claro ou até estourado - que é como chamamos quando a imagem fica
branca demais.
Uma
técnica usada por profissionais - que usam flash externo, e não aquele embutido
na câmera - é colocar a luz apenas um pouco mais forte que aquela
disponível no local e, então, bater a luz para o alto, o que gera fundos
mais detalhados.
O
funcionamento da luz e a sua captação é uma das coisas que leva tempo para
aprender na fotografia. Faça testes, olhe como as imagens estão ficando e
vá alternando as configurações, assim você aprende o que funciona e o que não
funciona.
3.
Composição
Essa é uma das áreas da
fotografia em que ela tem muita relação com o design. A composição se
refere ao que você coloca na foto e como fazer com que elas estejam em
harmonia. Uma foto bonita não é simplesmente a foto de um lugar bonito, é
uma foto bem equilibrada, que tenha um bom desenho.
Quando
você pede para alguém tirar uma foto sua na frente de um lugar turístico,
provavelmente você espera que a pessoa coloque tudo em um enquadramento
bonitinho, que pegue todo o monumento e que não corte uma parte da sua
cabeça na foto, certo? Isso tudo é composição!
Existem
algumas dicas e macetes pra ajudar a tornar suas fotos melhores nesse quesito
Regra dos terços
A
maioria dos equipamentos fotográficos hoje têm a opção de colocar uma grade na
sua tela - uma espécie de jogo da velha desenhado, com duas linhas na vertical
e duas na horizontal. Então, essa é a regra dos terços.
Os
pontos que são mais importantes da foto, devem ficar em um dos quatro
pontos onde as linhas se encontram. E, se existir alguma linha na imagem,
tente coloca-la em paralelo ou no mesmo sentido das linhas da regra. Isso
ajudará muito na sua composição.
Perspectiva
Você
sabe como é diferente desenhar um cubo e desenhar um quadrado? Essa
diferença acontece justamente porque o cubo é uma imagem 3D e precisa de
perspectiva para que seja possível compreender isso. A perspectiva conduz o
interesse e demonstra que aquela não é uma imagem bidimensional.
Para
tirar fotos com perspectivas você precisa observar as linhas que compõe a
paisagem, as curvas, e compreender qual a melhor maneira de captar aquela
imagem. Um bom exercício para entender perspectiva é pesquisar imagens famosas
e tentar desenhar por cima delas as linhas e formas geométricas que formam
aquela imagem. Assim, você consegue encontrar o “cubo” da imagem e entender
como elas são construídas.
4. Como
praticar?
Ok, agora você sabe
todas essas configurações e quer testar seu fotômetro, fazer imagens com o
obturador em baixa velocidade, mas onde? Quando eu comecei a fotografar, eu ia
até parques, praças e todo tipo de lugar e chamava pessoas pra tirar foto
comigo ou tirava fotos de pessoas aleatórias, e isso me ajudou muito a
desenvolver o que eu sei e a fixar o que eu preciso saber.
Eu
também sempre sou voluntária para tirar foto dos aniversários, natais e festas
de ano novo da família, isso me dá experiência com diferentes ambientes,
luzes e pessoas. Outra coisa que recomendo é tirar foto de amigos sempre
que puder para praticar.
5. Onde
conseguir trabalhos?
Agora
que você já sabe tudo isso e tem uma câmera que faz fotos de boa qualidade em
mãos, como ganhar algum dinheiro com isso? As dicas sobre como
praticar também são ótimas para fazer seu trabalho ser conhecido.
Envie
as fotos para as pessoas e peça que elas publiquem marcando seu perfil nas
redes sociais, isso fará com que cada vez mais pessoas conheçam seu trabalho e,
quem sabe, te contratem.
Para
iniciantes, postar suas fotos é um ótimo começo, além de ser um excelente
portfólio para mostrar para futuros clientes, receber críticas construtivas e
ver o seu desenvolvimento e como você tem se aprimorado. Além disso, existem diversos
sites que pagam pelas imagens. Para quem vive como nômade digital, a
fotografia é uma ótima fonte de renda.
Em
locais turísticos, muitas empresas que realizam passeios contratam
fotógrafos para fazer as fotos dos turistas e combinam um valor a ser
repassado por cada pacote adquirido. Você também pode oferecer seus serviços
diretamente para turistas que queiram fotos mais profissionais da viagem.
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Blog de Fotografia
5 MANEIRAS FÁCEIS DE APRENDER FOTOGRAFIA
https://www.ocasaldafoto.com/5-maneiras-faceis-de-aprender-fotografia/
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